quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Primeira vez a gente nunca esquece.


Homens reclamam que precisam fazer a barba. Mal sabem eles o que é precisar fazer uma depilação na virilha. Esse é um dos textos mais engraçados que eu já li. Como ele já rodou a internet de cabo a rabo, a pessoa que escreveu já não está nos créditos. Mas se alguém souber da dona da Abigail, avise. Divirta-se.



"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. 

Mas  acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer,  porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava  que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. 

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. 

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda,  protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Whitesnake + Aerosmith.

Sexta-feira passada, dia 18, a Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, recebeu 2 grandes nomes da música e do rock. Para mim, foi um show muito especial e fiquei absurdamente feliz de estar lá fotografando e assistindo ao espetáculo. A banda Whitesnake começou a noite com um show de 1hra e muito animado. Cantaram grandes hits!

Logo depois entra a minha banda preferida, o Aerosmith. Já fotografei muita gente que eu amo e sei todas as músicas, mas fotografar a sua banda preferida não tem preço. Estava mais feliz que pinto no lixo, naquele dia. Steven Tyler fez seu show a parte, fez gracinhas durante o show inteiro, não perdeu o pique em nenhum momento, interagiu com a platéia do início ao fim e ainda beijou algumas fãs!

Joe Perry, o guitarrista também fez suas graças, mesmo aparentando ser um cara bem sério no palco e para o delírio dos fãs, desceu do palco e tocou sua guitarra bem perto da platéia.

Quer ver mais fotos dos shows? Clica aqui!







quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Terry Richardson.

Acho que todo mundo que vive no meio fotográfico, conhece ou já ouviu falar - bem ou mal - do trabalho do famoso Terry Richardson. 

O trabalho de Terry é 8 ou 80 na maioria das vezes. Muito fotógrafo odeia e não entende o porque dele ter esta fama por fotografias tão simples e sem graça. Outros adoram e acham que a ousadia nas fotos dele é o que fazem ele ter o destaque que tem e ser adorado por celebridades e fashionistas.

Terry é um fotógrafo de moda americano que produziu diversas fotos para marcas famosas da moda, como Sisley, Hugo Boss, Gucci, Levi's, etc e está sempre fotografando de uma forma mais descontraída celebridades de peso. Também fotografou diversos editoriais para revistas como Vogue, Vice, Harper's Bazaar, Penthouse, The Face, GQ, Rolling Stone e Sports Illustrated.

O que muita gente não sabia ainda era o lado obscuro do fotógrafo que veio à tona.
"Eu não gosto de explorar ninguém. Esse não é meu saco. Todos se divertem nos meus tiros", afirma o fotógrafo Terry Richardson. Mas quem trabalhou com ele, acusa-o de assédio sexual.


A supermodelo dinamarquesa Rie Rasmussen confrontou Richardson em Paris e afirmou a ele que ele abusa do poder da sua posição dentro da indústria para assediar sexualmente as mulheres jovens. "Elas têm medo de dizer não, porque a sua agência conseguiu o shooting e elas são jovens demais para lutar por elas mesmas", afirmou Rasmussen. "Eu lhe disse: 'O que você faz é completamente degradante para mulheres. Espero que você saiba que você só transa com as meninas, porque você tem uma da câmera, muitos contatos no meio da moda e consegue colocar suas fotos na capa da Vogue". Ao invés de se defender, Richardson supostamente fugiu do local e ligou para a agência de Rasmussen para reclamar sobre ela.


Uma modelo chamada Jamie Peck escreveu também sobre uma experiência que ela teve em uma sessão com Richardson há seis anos. Quando ela disse que queria manter a calcinha porque estava menstruada, Richardson  lhe pediu para tirar seu absorvente interno para que ele pudesse brincar com ele. Ele insistia em ser chamado de " tio Terry ", e durante o ensaio, Richardson tirou toda a sua roupa inesperadamente.

"Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele já estava vestindo somente suas tatuagens e balançando o pau perigosamente perto de mim, que já estava despida". Nas palavras de Peck, Richardson, levou-a para um sofá  em seu estúdio, onde ele pediu para que eu tocasse em seu pênis, quando ele de repente ejaculou e gritou para que um de seus assistentes me desse uma toalha. 


As histórias não terminam por aí, acredite. Depois disso tudo, muitas modelos estão fazendo o mesmo e colocando na mídia fatos parecidos sobre suas experiências com Terry. Será este o fim de sua carreira? Ou será que isso não se passa de uma mentira?

Caso entenda inglês, aqui tem mais casos relacionados à Terry: 
http://jezebel.com/5495699/exclusive-more-models-come-forward-with-allegations-against-fashion-photographer

sábado, 5 de outubro de 2013

Foto-gifs por Jamie Beck.

Jamie Beck, é uma renomada fotógrafa de Nova Iorque e com a ajuda do webdesigner Kevin Burg, desenvolveu uma nova técnica (muito legal, por sinal) que promete revolucionar as imagens digitais ainda mais.

Batizada de “Cinemagraphs”, suas imagens são sempre algo mais do que fotos. A técnica mudou totalmente o conceito dos famosos GIFs animados na internet. O que Jamie faz é animar sutilmente pequenos detalhes de fotos, criando assim verdadeiras obras de artes do mundo moderno. 


Imagine uma fotografia normal de uma menina qualquer, mas nesta fotografia os cabelos que estavam ao vento na hora da foto, continuam nesta fotografia. As fotos são mais ou menos assim. Vale a pena pesquisar e conhecer mais o trabalho dessa fotógrafa, tem coisas lindas! (annstreetstudio.com)


"A primeira imagem produzida (acima) em fevereiro de 2011 foi um sucesso e deu início a uma avassaladora procura pelo casal, para a produção de fotos na indústria da moda e publicidade."



























quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mumificação do lago Natrão.

Uau, eu não pude acreditar nessas imagens, parece que são surreais, mas não, são bem reais. Quem diria, mas a natureza também tem seu lado sombrio. No norte da Tanzânia, a água do lago Natrão é mortal para animais como aves e morcegos. O motivo é o pH natural, que varia entre 9 e 10.5, enquanto o normal é 7. A temperatura do líquido também pode alcançar valores altíssimos, como 60 °C. O próprio nome do local indica o perigo: o natrão é um composto criado pela cinza vulcânica. No passado, os egípcios usavam esta substância no processo de mumificação. Muitos bichos morrem com esta combinação e são calcificados, se transformando em estátuas.
Existe apenas uma espécie que vive no lago, a Alcolapia alcalina, que é um tipo de tilápia muito resistente. Outros animais que passam por lá infelizmente não voltam e isso faz com que este lago seja um cemitério aquático. Os flamingos são os principais afetados. Eles tentam usar as ilhas de sal como ninhos e acabam mortos e calcificados.

Fiquei feliz em saber que essas fotos incríveis são de um fotógrafo que eu particularmente tenho como ídolo na fotografia. Quem não conhece o trabalho dele, está perdendo fotos incríveis. O fotógrafo se chama Nick Brandt e ele registrou imagens das vítimas do Natrão em sua viagem pela África. Brandt é o diretor do clipe de Earth Song, de Michael Jackson, e hoje participa de várias causas para a preservação da África. 
Vale lembrar que a situação do lago é natural e não uma interferência humana.





Fonte: CASA E JARDIM
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