quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sweetie - Assine a petição.

Muitos de vocês já devem estar sabendo quem é essa tal de "Sweetie", mas sei também que isso ainda não chegou aos ouvidos e olhos de muitos por aí. Sweetie é uma menina filipina de dez anos que todos os dias, durante dez semanas, sentou-se em frente ao computador com a câmara ligada e entrou em fóruns online. Durante esse período, foi abordada por mais de 20 mil homens, dos quais mil estavam dispostos a pagar para a verem em atos sexuais diante da câmara. Só não sabiam uma coisa: que do outro lado, tinham pessoas esperando exatamente isso acontecer. 


A Sweetie, que parece uma criança real, afinal, não existe. É um modelo animado criado em computador pela organização não governamental (ONG) holandesa Terre des Hommes, para justamente atrair e identificar predadores sexuais infantis na Internet. A organização queria avaliar a dimensão de um fenômeno que designa como “turismo sexual infantil através da webcam” e mostrar às autoridades que é fácil identificar os predadores.
A partir de um armazém em Amesterdã, uma equipe da organização usou a Sweetie como disfarce para entrar em fóruns online. Mais de 20 mil homens de 71 países abordaram a “menina” e cerca de mil – dos quais três portugueses – estavam mesmo dispostos a pagar para a verem em atos sexuais em frente à câmara. “Não pedimos nada [como pagamento] a menos que nos oferecessem”, explica o diretor de campanhas da organização, Hans Guyt, em declarações à cadeia australiana ABC. Enquanto isso, a equipa da Terre des Hommes tentava gravar tudo e procurar dados
 nas redes sociais que permitissem identificar os predadores – desde moradas a números de telefone e fotografias.
Segundo a organização, a maior parte dos homens (254) é dos Estados Unidos. Os restantes eram sobretudo do Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Turquia, Itália, Holanda. Mas também de Portugal, embora em menor número. Guyt conclui que o turismo sexual infantil pela Internet envolve sobretudo homens de países desenvolvidos do Ocidente, que pagam para ver crianças de países pobres, como as Filipinas, em poses sexuais.
A Terre des Hommes adianta que entregou os dados recolhidos à Interpol. No entanto, questionada pela AFP nesta terça-feira, a organização internacional de polícia criminal disse que não recebeu qualquer informação, embora tenha conhecimento da investigação. “As autoridades holandesas irão transmitir esses dados depois de os avaliarem”, informou a Interpol num comunicado, recusando-se a comentar o assunto nesta fase. Apesar de reconhecer o “papel importante” das organizações não governamentais na protecção das crianças, a Interpol sublinha que “qualquer investigação criminal deve ser conduzida exclusivamente por investigadores especializados”.
Embora o turismo sexual infantil online seja proibido por leis nacionais e internacionais, em todo o mundo apenas seis homens foram condenados por este crime, segundo a organização. “Não é um problema das leis existentes”, afirma Hans Guyt. “A Organização das Nações Unidas estabeleceu leis que tornam este abuso infantil ilegal quase universalmente. O maior problema é que a polícia não atua até que as crianças vítimas de abuso apresentem queixa, mas elas quase nunca o fazem. Estas crianças são normalmente forçadas a fazer isto por adultos ou pela extrema pobreza. Por vezes têm de testemunhar contra a sua própria família, o que é quase sempre impossível para uma criança”, explica Guyt.
A organização quer que os governos adoptem políticas de investigação pró-activa, que capacitem as autoridades para investigarem os pontos públicos de acesso à Internet, onde este tipo de abuso acontece todos os dias. “Os predadores infantis que fazem isto sentem que a lei não se aplica a eles”, lamenta.
Página da Sweetie: www.youtube.com/sweetie

Assine a petição: avaaz.org/en/wcst/

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